Não há diferença fundamental entre o Homem e os animais nas suas faculdades mentais(...) Os animais, como o Homem, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento - C. Darwin
O
evolucionismo é a abordagem científica
que buscou compreender a origem de toda a humanidade, a partir do processo de
evolução dos seres. A teoria afirma que todos os seres vivos originaram-se de
outros seres anteriores, mas que para darem continuidade a suas espécies, se
adequarem as necessidades presentes no meio natural que viviam, e isso ao longo
das era foi gerando nestes seres um processo de evolução, possibilitando o
surgimento de várias espécies. Os dois principais teóricos do evolucionismo foram Lamarck e Darwin.
Jean Baptiste de Lamarck
(1744-1829), foi um dos pioneiros do evolucionismo biológico, afirmando
que a origem das espécies é fruto da evolução de outras espécies mais
primitivas. Ele buscou explicar seus levantamentos, mediante a tese de que
todos os seres herdaram de seus antepassados características através das suas
necessidades vivenciais em determinado habitat, proposição denominada de Teoria dos Caracteres Adquiridos. Por sua vez, as
características biológicas não utilizadas pelo ser, acabam por desaparecer
gradualmente, teoria lamarckiana denominada de Lei de Uso e Desuso. Uma
forma prática de compreendermos tais teorias é através do exemplo da evolução da girafa: graças aos esforços para alcançar
os alimentos situados a altura cada vez maiores, o pescoço da girafa foi sendo
esticado e estas variações foram transmitidas aos descendentes. Todavia, surgem
um tipo de ética evolucionista, que define as ações e práticas dos seres mais
evoluídos, ou seja, do homem, como uma forma de dar continuidade a sua espécie,
definindo a existência como uma luta entre aqueles mais aptos a viverem na
conjuntura atual da natureza.
Nesse sentido, podemos compreender a natureza como o elemento decisivo para
evolução, capaz de produzir novas espécies de molda-las, para que os seres se
adequem a elas e possam dar continuidade a sua espécie. Destaca-se também que a
existência biológica só e possível por causa das condições da natureza.
Outro grande expoente do evolucionismo foi Charles Darwin (1809-1882), que em 1859 publicou a sua principal obra A origem das espécies. Seu escrito possibilitou grande aceitação do evolucionismo, enquanto teoria do surgimento das espécies. A explicação de Darwin baseia-se em uma seleção natural, supondo que ocorrem pequenas variações hereditárias nos seres vivos, algumas das quais conferem aos seus possuidores vantagem na luta pela sobrevivência. Nesse sentido, os seres mais bem adaptados terão mias descendência e, aos poucos, mediante um processo gradual, as pequenas vantagens acumulam-se até produzir novos tipos de seres vivos, ou seja, novas espécies. Uma forma prática de compreendermos isso é através do exemplo dos troncos dos elefantes: elefantes com troncos curtos poderiam adquirir troncos longos para poder alcançar a água e os galhos altos. Os que possuíssem troncos longos sobreviveriam e se reproduziriam, transmitindo esses caracteres aos seus descendentes. Já os elefantes de tronco curto morreriam, sem transmitir este traço à prole. Darwin acreditava que a evolução ocorre sem qualquer tipo de plano, ao acaso. Partindo disto, o que definiria a conduta ética do ser, está relacionada a manutenção e evolução de sua espécie, em consonância com a natureza, pois dada o seu fim, também a vida humana aniquila-se. Com isso, o intuito da natureza é além de possibilitar o surgimento e a vida de uma nova espécie, é de também ela adequar-se mediante as evoluções das espécies. Também a natureza possui uma evolução entre as plantas, contudo, essa afirmação só foi levanta com veemência pelo pai da genética, Gregor Mendel (1822-1884).
NATUREZA: CRIAÇÃO QUE POSSIBILITA A VIDA
O termo natureza diverge entre as mais
diversas áreas do conhecimento, só enquanto criação e função de sua existência.
Compreendo, portanto, essa conjuntura física e metafísica que chama-se
natureza, como uma obra criada e que possibilita a criação. A ciência em sua
amplitude é incisiva em definir que a origem do cosmo é obra do acaso e
que os elementos que constituem a origem do universo são frutos de forças
naturais. Contudo, o que há antes de tais elementos, antes da mateira, antes
das forças, antes da criação?. A ciência só responde enquanto existência
possível da matéria, mas o que possibilitou, de onde surgiu essa “partícula de
Deus”, não conseguem explicar. Há a necessidade de uma força e de um criador
inicial, que possibilite e conduza a criação do cosmo e da natureza, infundindo
nesta a potência da vida e possibilitando que a natureza e os seus seres possam
dar continuidade da vida. A natureza é vida, pois assim definiu o seu criador, para
que o homem utiliza-se dela como instrumento continuação geracional, não só no
âmbito físico, mas também cultural, visto que o conjunto de práticas e
trabalhos que definem-se como cultura é possível graças a existência de um
espaço fecundo para as relações.


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