Provavelmente, o amigo leitor já deve ter ouvido falar em Rousseau. Em geral, é lembrado por ter defendido a ideia de que “o ser humano é bom por natureza e que é a sociedade quem o corrompe”. Podemos dizer que essa frase resume, de forma adequada, seu pensamento; no entanto, é preciso entender quais argumentos sustentam essa tese.
O que o amigo leitor talvez não tenha ouvido falar sobre Rousseau é que sua vida foi cheia de aventuras, dificuldades, conquistas, não parecendo em nada com a vida de um filósofo, como estamos acostumados a imaginar: sentado em seu escritório, “em sua torre de marfim”, isolando-se do mundo para pensar sobre ele; ou ainda, um douto acadêmico, vivendo entre livros de autores diversos, passando a vida a não pensar, senão pela cabeça alheia. O nosso filósofo viveu entre os homens de seu tempo: artistas, intelectuais, pessoas da corte, camponeses; conheceu grandes dificuldades financeiras e momentos de relativa tranquilidade.
Como ler Jean-Jacques Rousseau - José Benedito de Almeida Júnior (PDF)
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